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(Foto: Agência Brasil) |
Os trabalhadores bancários do estado do Pará se reuniram nesta segunda-feira (5) para organizar a greve da categoria que inicia à meia-noite desta terça-feira (6) e deve paralisar, segundo estimativas do Sindicato, 250 agências em todo Estado.
De acordo com a categoria, é esperada uma adesão de 60% dos bancários em todo o Pará nesse início de greve, o que significa aproximadamente oito mil funcionários paralisando as atividades.
Uma assembleia da categoria, realizada nessa segunda-feira, definiu o plano de ação do Sindicato para paralisação estadual, que acompanha a greve nacional. As informações são do Sindicato dos Bancários do Pará.
Veja as propostas dos bancos para os trabalhadores e as reivindicações da categoria.
Proposta dos bancos – REJEITADA
Reajuste de 6,5% (representa perda de 2,8% para os bancários em relação à inflação de 9,57%);
Abono de R$ 3.000,00 (parcela única, não incorporado aos salários);
Piso portaria após 90 dias – R$ 1.467,17;
Piso escritório após 90 dias – R$ 2.104,55;
Piso caixa/tesouraria após 90 dias – R$ 2.842,96 (salário mais gratificação, mais outras verbas de caixa);
PLR regra básica – 90% do salário mais R$ 2.153,21, limitado a R$ 11.550,90. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 25.411,97;
PLR parcela adicional – 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 4.306,41;
Antecipação da PLR – Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva. Pagamento final até 02/03/2017. Regra básica – 54% do salário mais fixo de R$ 1.291,92, limitado a R$ 6.930,54 e ao teto de 12,8% do lucro líquido – o que ocorrer primeiro. Parcela adicional equivalente a 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2016, limitado a R$ 2.153,21;
Auxílio-refeição – R$ 31,57;
Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta – R$ 523,48;
Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) – R$ 420,36;
Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) – R$ 359,61;
Vale-Cultura R$ 50 (mantido até 31/12/2016, quando expira o benefício);
Gratificação de compensador de cheques – R$ 163,35;
Requalificação profissional – R$ 1.437,43;
Auxílio-funeral – R$ 964,50;
Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto – R$ 143.825,29;
Ajuda deslocamento noturno – R$ 100,67.
Principais reivindicações dos bancários e bancárias
Reajuste salarial: reposição da inflação (9,57%) mais 5% de aumento real;
PLR: 3 salários mais R$8.317,90;
Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último);
Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo);
Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês;
13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês;
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários;
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas;
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários;
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;
Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários;
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
(DOL com informações de Michelle Daniel/Diária do Pará)
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