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Sistema foi questionado na AL, após a secretária Cláudia Hage afirmar que uma sabotagem teria gerado descontos nos salários dos professores (Foto: Advaldo Nobre/Seduc) |
A oposição ao Governo do Estado na Assembleia Legislativa do Pará (AL) apresentará, na próxima semana, requerimento conjunto pedindo explicações da Secretaria de Educação do Estado do Pará (Seduc) acerca de suposta sabotagem praticada por funcionários da secretaria. O problema teria gerado descontos ilegais no salário dos professores da Rede Pública Estadual. O suposto crime foi revelado pela própria secretária de Educação, Ana Cláudia Hage, em uma reunião com deputados estaduais, ocorrida na tarde da última terça-feira (6), para esclarecer pontos denunciados pela oposição nos últimos meses. Foram cerca de 3 horas de sabatina, com a participação de 24 parlamentares.
Segundo o deputado Carlos Bordalo (PT), duas situações retratadas pela secretária são ilustrativas do fracasso da política educacional do Governo de Simão Jatene. A 1ª é a de que o desconto arbitrário feito no contracheque dos professores da rede se deveu a uma sabotagem dentro da Seduc. Para Bordalo, é lamentável que uma secretaria não tenha controle sobre sua folha de ponto. “Agora, quem sabotou? Com que intenção? Isso revela o total estado de desorganização e fracasso da estrutura educacional do Pará”, dispara.
A 2ª é com relação ao número exato de professores que estão na rede pública hoje. “A atual secretária fala entre 12 e 14 mil e o ex-secretário (Helenilson Pontes) falava em 26 mil professores. É uma outra caixa-preta que ela terá de abrir”. Entre os temas em pauta na reunião estava os polêmicos contratos fechados pela Seduc, ainda na gestão de Helenilson Pontes, que beneficiam os colégios particulares Centro de Ensino Fundamental e Médio Universo, em Belém, e o São Geraldo, de Ananindeua, para que ministrem aulas para alunos da Rede Pública.
AULAS
Os dois contratos somam pouco mais de R$ 7,8 milhões (veja box à dir.) e a previsão é de que atendam a 22 mil alunos, em 5 meses. Serão gastos R$ 1,5 milhão mensais. As bancadas de oposição na Assembleia Legislativa do Estado (PMDB, PT, PCdoB e PROS) deram entrada a uma representação no Ministério Público do Trabalho contra os contratos. Na reunião, a secretária garantiu que os contratos não serão para reposição das aulas perdidas durante a greve dos professores, que durou 73 dias. Ela garantiu aos parlamentares que se trata de reforço escolar para melhorar os índices lastimáveis da educação paraense no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
(Luiz Flávio, DOL)
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