Governo anuncia redução na sobretaxa da conta de luz



O governo anunciou nesta terça-feira (11) que aquela sobretaxa que os consumidores pagam na conta de luz deve ficar menor a partir do mês que vem.
Só neste ano a conta de luz já subiu quase 48% para o consumidor. As razões não estão apenas na falta de chuva e no uso das termelétricas. Segundo especialistas, estão também em erros do governo. Em 2012, o governo permitiu que empresas de energia renovassem contratos automaticamente, desde que reduzissem as tarifas.
O que parecia uma boa notícia virou um problema. O custo de produzir energia subiu. E as empresas endividadas pediram ajuda ao governo, que vem repassando para o consumidor.
Nesta terça-feira, a presidente Dilma reconheceu: a conta de luz está pesando no bolso.
“Nós lastimamos. Mas elas aumentaram justamente porque diante da falta de energia pra sustentar a existência de luz, nós tivemos de usar as termelétricas e por isso pagar bem mais do que pagamos se houvéssemos apenas energia hidrelétrica no nosso sistema”, declarou a presidente.
Para bancar as térmicas, a bandeira vermelha começou a ser cobrada nas contas em janeiro, e hoje custa R$ 5,50 para cada cem quilowatts a mais no consumo.
Agora o governo quer baixar a tarifa da bandeira vermelha porque desligou parte das termelétricas. Com isso, vai economizar R$ 5,5 bilhões. E a conta de luz pode ficar um pouco mais barata a partir de setembro. Mas a bandeira vai continuar a mesma: vermelha.
O valor pode cair de 15% a 20%: cada cem quilowatts passaria para R$ 4,50. Mas isso depende de decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica. O governo diz que ainda não dá para passar para a bandeira amarela, que custa R$ 2,50, porque a situação ainda não é segura.
“Nós estamos no momento de período seco, em que pese todo o esforço de recuperação dos nossos reservatórios, nós não temos ainda segurança”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga.
O especialista Cláudio Sales diz que o preço da energia só deve cair porque o consumo também caiu.
“Isso faz com que diminua a pressão pela oferta de energia. E segundo nós tivemos, principalmente no Sudeste, um regime de chuvas bem mais acentuado do que o normal, acima da média histórica. A combinação desses dois fatores permitiu o operador fazer esse corte. Mas, como ele mesmo disse, a qualquer momento ele pode restabelecer o ligamento dessas térmicas”, disse Cláudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil.
O governo também anunciou investimentos em geração e transmissão de energia até 2018, que podem alcançar R$ 186 bilhões. O pacote traz projetos que já estavam previstos. Entre eles, duas usinas que ainda não conseguiram licença para entrar em licitação: Jatobá e São Luiz do Tapajós, no Rio Tapajós, no Pará.
(G1)
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Autor Unknown

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