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Não houve acordo entre governo e sindicatos sobre preços mínimos |
Sem acordo com o governo em relação à criação de uma tabela de preço mínimo para o frete, representantes dos caminhoneiros prometeram bloquear novamente as rodovias do País a partir desta quinta-feira (23).
Após a quarta reunião para exigir um tabelamento impositivo dos contratos, os trabalhadores deixaram a sede da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) avisando que “o Brasil vai parar”. “A resposta que tivemos é de que pode haver apenas uma tabela de referência. Reconhecemos que o governo tem se esforçado, mas nos sentimos derrotados”, afirmou o representante dos caminhoneiros autônomos do Paraná, Jamir Botelho, após a reunião.
O presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos do Centro-Oeste, Gilson Baitaca, confirmou que a categoria estava preparada para começar as paralisações. “As tendas já estão armadas e a categoria já está preparada.” O sindicalista defendeu ser possível o estabelecimento de um preço mínimo de frete, embora o governo julgue a proposta inconstitucional. “Existem produtos tabelados, como o cigarro, e o que queremos é uma tabela de custos do transporte. Seria um preço mínimo e, com base nesse patamar, haveria livre concorrência”, completou.
Já o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, alegou que a tabela de preço mínimo para o frete exigida pelos caminhoneiros é “impraticável” e “inconstitucional”. Para o ministro, grande parte da categoria não deve aderir a novas paralisações. “A tabela impositiva está descartada. Na nossa opinião, ela não dispõe de autorização constitucional e é impraticável devido à enorme diferenciação de variáveis que envolvem a atividade, como a qualidade do caminhão, da carga e das estradas”, afirmou Rossetto. “Já a tabela referencial que propomos está sendo construída com cuidado e deve servir como referência para a formação de preços dos contratos de frete, garantindo o equilíbrio dos contratos”, completou.
O ministro apresentou uma lista com 15 medidas que considera já serem conquistas obtidas pela categoria nas negociações do setor com o governo este ano. Dentre elas, estão a isenção do pagamento de pedágio para o eixo suspenso de caminhões vazios e o perdão de multas por excesso de peso nos últimos dois anos.
Por: O Globo
Por: O Globo
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